11 outubro 2008

Febre, sono e pensamentos

Escrevo em um blog que ninguém mais lê. Escrevo devaneios e moro em Pindamonhangaba. Nem sempre é tão perceptível quando se chega ao fundo do poço. Olhar pra trás e ver que tudo já foi melhor. Olhar pra trás só pra confirmar o que Platão disse sobre perfeição 2300 anos atrás.
Não sei o que vai acontecer, e nem se vou conseguir agir com coragem. Eu não me impus desafios que não pudesse vencer. Só esqueci de me ancorar em algo totalmente sólido para conseguir.
Uma decepção fatal, um alicerce que sumiu como mágica em uma nevóa de ilusões. Não consegui, nem mesmo quis, reconstruir pedra por pedra. O tempo vôou como sempre. Cada vez mais rápido. Porque minha bicicleta não tem freios? Talvez para ir o mais rápido possível para o pior final que esse filme poderia ter. Nem Platão, nem qualquer outro grego acharia espantosa essa tragédia. Mas estamos falando de um cara de Pindamonhangaba, inserido até os olhos na cultura de massa. Onde estará meu final feliz? Não sem antes chegar ao clímax. Mas as condições não são favoráveis. Não parece haver nada realmente importante em jogo. Deus! como que eu queria estar na merda de verdade agora, pra gritar "Eu não vou morrer ainda seus filhos-da-puta!". Mas não é assim. Tenho um provação em poucos dias. Mas me sinto sozinho. Não tenho minha família ao meu lado, porque quando não precisava não os quis. Agora quero e não tenho. Não tenho meus amigos, porque quando não precisei não os quis. Agora quero e não tenho. É difícil ser justo ao desabafar. É tão tentador tem pena de mim mesmo.
Não sei o que eu me digo. Eu quero a goiaba ou o ainda o pequeno fruto? Acredito mesmo no que acredito? Mas que droga, eu sei que a influência disso é mínima.
Eu sei, nada pode ser perfeito. Mas buscando ser o ser humano que eu idealizei, eu não deveria estar próximo?
Quem vai chorar se eu morrer? Quem vai chorar se eu viver?
Eu encontrei motivos pra viver, mas vou conseguir sobreviver se não conseguir porra nenhuma?
Chega de perguntas. Apenas a mente serena, em um sábado a noite. Apenas o desejo de mostrar ao mundo que posso ser útil. A música me ajudará. Não sei nada sobre Nietzsche, mas ele foi muito feliz em dizer que sem música a vida seria um erro.
É isso! Minha vida tem sido um erro até agora. Mas não é tarde demais para corrigi-los. E nem preciso de uma experiência traumática para começar. Eu já comecei anos atrás. É hora de se empenhar um pouco mais. A luta continua...

Se você leu isso e não entendeu nada, mesmo que seja eu mesmo, não se preocupe. São apenas devaneios de um pindense.

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